quinta-feira, 20 de junho de 2013

"Evolução" (ou não) da seleção brasileira

Vou aderir as declarações de Pelé e Ronaldo e deixar de canto os protestos do País, pelo menos por enquanto, e falar sobre a seleção brasileira que ontem jogou contra o México e venceu por 2 a 0 (Neymar e Jô).

Até os 20 minutos do primeiro tempo, o cenário era totalmente favorável ao time de Felipão, que havia balançado a rede e, também, na "cavadinha" do lateral direito Daniel Alves, do Barcelona, que quase encobriu o goleiro Corona.

Depois disso deu um apagão praticamente geral no Brasil. A desculpa do treinador foi quando o zagueiro David Luiz, do Chelsea, fraturou o nariz e teve que sair de campo algumas vezes, por conta do sangramento. Comentário equívoco do técnico, pois a equipe já apresentava fragilidade, principalmente no meio de campo, com Oscar, do Chelsea, apagado.

Além do meio campo, as laterais deixaram uma avenida, especialmente o lateral esquerdo Marcelo, do Real Madrid, que, quando ataca, é um dos melhores da posição e, quando defende, é um dos piores da posição. Por isso que o Mourinho, ex-Real Madrid e hoje Chelsea, colocava Fábio Coentrão em partidas decisivas.

Referente ao Daniel Alves, ele está acostumado a ter Piqué, Busquets e Xavi fazendo a cobertura, quando ele se joga ao ataque, para tabelar com Messi ou Pedro. Luiz Gustavo, do Bayern de Munique, e Paulinho, do Corinthians, precisam treinar e fazer a cobertura tanto do Marcelo quanto do Dani Alves.

Zagueiros. David Luiz e Thiago Silva, do Paris Saint-Germain, foram sólidos e firmes quando foram precisos. Atuação impecável dos dois, principalmente do zagueiro do Chelsea, que cortou uma bola em que Chicharito iria ficar de frente ao goleiro Júlio César, do Queens Park Rangers. Falando do número 12 do Brasil, não foi tão testado na partida.

Dupla de volantes. Pelo que vi nas duas primeiras partidas, Felipão ainda não acertou a dupla de volantes, especialmente o primeiro, que fica à frente dos zagueiros. O Paulinho, pelo menos por enquanto, firmou-se como titular absoluto pelas atuações e gols.

Homem pensante. Oscar, que jogou pelo Internacional e hoje é atleta do Chelsea, nunca foi um grande passador de passes. No Chelsea, por exemplo, o atleta que comanda é o Mata, que está na Copa das Confederações atuando pela Espanha. Há outro problema: Oscar jogou mais de 80 partidas na temporada. Ele aparentou no jogo de ontem cansaço. Pelos 11 em campo, o jogador do Chelsea seria sacado mais cedo ou mais tarde, que acabou acontecendo: Hernandes, da Lazio, entrou em seu lugar no segundo tempo.

Aliás, Hernandes merece ser testado no time titular. Sempre que entra joga bem, embora na partida de ontem não realizou um futebol dos melhores. Em relação a outro atleta do meio de campo, parece que o Felipão não gostou dos treinamentos de Jadson, do São Paulo. Até o momento não entrou em campo e pelo jeito não vai entrar.

Ataque. Ao falar do trio de ataque, vou deixar o Neymar, do Barcelona, por último, por questões óbvias. O Hulk, do Zenit, realizou um futebol mediado, mas forte na marcação. Fez tabela com Neymar, que o deixou "cara a cara" com o goleiro mexicano. O que ele fez (ainda com a perna boa)? Chutou para fora. Seria o segundo gol do Brasil na ocasião. Referente ao Fred, do Fluminense, é indiscutível que ele ainda continua titular por conta das atuações da volta de Felipão ao comando da seleção brasileira. No atual cenário, Jô, do Atlético-MG, merece ser escalado no time titular.

Lucas. O comentarista da ESPN, Mauro Cezar Pereira, fez um comentário ontem à noite no programa Linha de Passa - Mesa Redonda que coincide com a minha reflexão: Lucas, do Paris Saint-Germain, será o Denílson, hoje comentarista esportivo da Band, da Copa do Mundo de 1998. Quando entrava em campo, fazia nada. É o que ocorre com o atleta da equipe francesa. Sempre entra mal.

Neymar. O atleta do Barcelona fez uma partida impecável, do ponto de vista do meio para o campo. No início já deixou mais um, totalizando dois na competição. Recebeu um passe de Fred no peito, cortando o marcador ainda com a bola no ar, correu poucos metros e arrematou por cima do gol. Seria outro golaço (segundo da partida). No segundo gol, metade do gol foi dele. Jô, que certamente será gritado pelo público para entrar no lugar do Fred na partida contra a Itália, só teve a obrigação de arrematar a bola para o gol. Em relação à marcação, Neymar foi muito faltoso. Se marcar assim no Barcelona, será xingado pelo técnico.

Fora da escalação de Felipão. Pelo futebol apresentado na Liga dos Campeões da última temporada, Willian, do Anzhi, merece uma chance. Ele ficaria no lugar do Jadson, que não entra em campo. Fernando, do Manchester City, é outro que pode ser testado. Adriano, do Barcelona, é muito melhor que o Jean, do Fluminense. Enfim, há outros jogadores que ainda podem ser testados, pois como disse o comentarista da ESPN, Paulo Vinicius Coelho, o PVC, a seleção está em construção.

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